E-mail: ostomiasemfronteiras@yahoo.com.br

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Feliz Ano Novo

Queridos amigos...mais um ano está chegando ao fim...e um novo ciclo se inicia!!!  

A cada dia de nossas vidas aprendemos com nossos erros ou nossas vitórias, mas o importante é que sempre estamos aprendendo e vivendo algo novo! 

Que no ano que se inicia a fé e a esperança permaneçam em nossos corações, e possamos viver intensamente cada momento com muita paz e esperança, pois a vida é uma dádiva e cada instante é uma benção de Deus! 

O mais interessante na nossa vida é olharmos para trás e sentirmos orgulho de nossas histórias!!!  Então, independente de problemas de saúde, familiar, financeiro, emprego...precisamos ir a luta e em busca de novas realizações!!! Precisamos viver cada momento como se fosse o último de nossas vidas, correr em busca de nossa felicidade sempre!!! 

Que em 2012 nós sejamos persistentes em  nossos sonhos, tenhamos a alegria de buscá-los e a felicidade de encontrá-los!!! Desejo a todos vocês um Ano Novo repleto de saúde, paz, amor, conquistas, realizações e muito sucesso!!!

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Ostomia infantil

As crianças têm diferenças biológicas, emocionais, sociais e culturais, durante cada fase de seu desenvolvimento e crescimento; e qualquer condição que ameace a sua integridade corporal ou a sua auto-imagem, é percebida e reagida de maneira diferente em cada faixa etária.

A relação criança-família é muito importante em todas as etapas do seu desenvolvimento físico e psicoemocional, principalmente quando se ocorre a mutilação – neste caso, através da formação de um estoma.

Quanto mais precoce for a abordagem de pais e crianças sobre a doença, maiores serão as chances de se estabelecer um vínculo de confiança, otimizando o tratamento clínico e contribuindo para um crescimento mais saudável.

Nas crianças, as ostomias podem ser indicadas como tratamento de malformações congênitas, traumas, doenças inflamatórias e neoplasias do trato gastrointestinal, respiratório e sistema urinário. Dependendo do processo patológico e da sua evolução, as ostomias podem ser permanentes ou temporárias.

A realização de um estoma na criança pode afetar a integridade corporal, a capacidade funcional, o convívio social e a qualidade de vida em geral, podendo gerar grande impacto no seu cotidiano e dos seus familiares, além de alteração psicológica em que a criança precise de apoio para expressar as suas emoções e sentimentos.

Entre as atividades afetadas também estão relacionadas as atividades diárias, que fazem parte do contexto infantil, especialmente as básicas como: banho, vestuário, alimentação, uso do banheiro, higiene oral e comunicação.

As atividades de lazer também podem ser prejudicadas, como por exemplo, algumas atividades de jogos e brincadeiras, porém as crianças portadoras de estomas intestinais podem nadar, ir à praia, brincar, andar de bicicleta, enfim, desenvolver quase todas as atividades próprias da idade.

As limitações sociais, físicas e de lazer impostas às crianças com ostomias podem estar relacionadas à qualidade dos dispositivos coletores. A preocupação excessiva sobre a possibilidade da bolsa descolar pode acarretar insegurança, vergonha e medo na criança, afetando suas atividades.

A atitude dos pais junto à criança é de fundamental importância. Ela deve receber e perceber sentimentos de amor e paz, e não de ansiedade e insegurança. Crianças privadas de amor ou rejeitadas desenvolvem auto-imagem negativa, perdem a autoconfiança e têm dificuldade de adaptação. Por outro lado, os pais que aceitam o estoma do filho como situação temporária ou recurso que permitiu a sua sobrevivência, transmitirão segurança, e a criança certamente desenvolver-se-á normalmente.

Após a realização de cirurgia, as crianças e suas famílias começam a preparar-se para enfrentar uma nova realidade, que é o lidar com o estoma. Nesse momento, elas passam a receber orientações, principalmente sobre os cuidados necessários e como tudo é desconhecido, os sentimentos de medo e de incerteza são freqüentes. Os pais podem ter dificuldade para cuidar da criança, principalmente porque cuidar do estoma não fazia parte da sua rotina, além da ansiedade e medo de segurá-la, devido as modificação da imagem corporal da criança, com a visualização do estoma e mudança do local de evacuação.

O cuidado da criança com estoma exige das famílias a aquisição de novas habilidades que não faziam parte do seu cotidiano e com isso, elas acabam necessitando de apoio dos profissionais envolvidos nessa assistência. Como por exemplo, lidar com os diferentes dispositivos.

Assegurar aos pais o conhecimento dos procedimentos realizados proporciona maior segurança e tranqüilidade para a sua realização. A equipe de saúde deve respeitar a fase de adaptação de cada familiar, inserindo-os de forma gradual no cuidado da criança. O enfermeiro é responsável em assegurar que os pais obtenham informações corretas, compreendam as informações e as usem adequadamente.

O autocuidado deve ser estimulado, é importante permitir que a criança participe da troca do dispositivo e da higiene, essa participação fará com que a criança se sinta mais segura e diminuirá o medo relacionado à sua nova condição, porém é imprescindível que os familiares observem a criança para evitar situações em que ela possa sentir-se ridicularizada. A higiene deve ser rigorosa assim como a perfeita adaptação da bolsa ao estoma, evitando o extravasamento de fezes e o odor desagradável que certamente causarão constrangimento à criança.  É importante também o familiar criar rotinas de esvaziamento da bolsa, antecipando o vazamento. O uso do cinto é recomendável como suporte do peso da bolsa.

Se a ostomia muda a vida de um adulto, imagina para uma criança que necessita da ajuda e do cuidado de outras pessoas. Por isso, é importante que os pais aceitem essa nova condição de vida do seu filho, cuide dele, dê amor, carinho, procure ajuda de profissionais capacitados para aprender a lidar com a ostomia e se necessário procure ajuda psicológica. A criança ostomizada tem algumas limitações, mas ela pode estudar, brincar e realizar atividades como qualquer outra criança.

 Referências:
BARRETO LCL; CARDOSO MHCA; VILLAR MAM; GILBERT ACB. Percepções dos profissionais de uma unidade de internação pediátrica sobre a alta de crianças ostomizadas. Rev Gaúcha Enferm., Porto Alegre (RS) 2008 set;29(3):438-45

BARREIRE, SIMONE G.; OLIVEIRA, OLCINEI A.; KAZAMA, WILMA; KIMURA, MIAKO; SANTOS VERA L. C. G. Qualidade de vida de crianças ostomizadas na ótica das crianças e das mães. Quality of life of children with stomas: the children and mothers' point of view. J. Pediatr. (Rio J.) vol.79 no.1. Porto Alegre Jan./Feb. 2003.

CARVALHO, WANDINEY DE AFONSO FUSO DE. Estomas em Pediatria. Rev Estima - vol 1 (1) 2003 p. 16 – 23.

VALDES, ANILEME GÓMEZ; KAMADA, IVONE; CRISTO, ROSILANE DE CARVALHO. et al. Experiências de Crianças com Estomias: Estudo Qualitativo. Experiences Of Children With Ostomy: A Qualitative Study Las Experiencias De Los Niños Con Ostomías: Un Estudio Cualitativo. Rev Estima - vol 8 (3) 2010 p. 19 – 26.

POLETTO, DÉBORA; GONÇALVES, MARIANA ITAMARO; BARROS, MARINA TREVISAN DE TOLEDO; ANDERS, JANE CRISTINA
A CRIANÇA COM ESTOMA INTESTINAL E SUA FAMÍLIA: IMPLICAÇÕES
PARA O CUIDADO DE ENFERMAGEM. Trabalho de Conclusão do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina

domingo, 18 de dezembro de 2011

Entrevista de Ana Cristina Rocha

Confiram a interessante entrevista de Ana Cristina Rocha no Boletim do Centro de Estudos Norma Gill, com o tema: Os desafios de "ser estomizada". Acesse o link:

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Depoimento de Alessandra Guidon

Acompanhe a história vitoriosa de Alessandra Guidon!


Olá, meu nome é Alessandra, tenho 40 anos, sou portadora de Polipose Adenomatose Familiar.
Vou tentar resumir minha história:
Eu nunca tive dor, só sangue nas fezes, isso quando eu tinha mais ou menos 18 anos(não lembro bem).
Fui a vários médicos (5) mais ou menos, cada um falava uma coisa.
Encurtando...Marquei uma consulta em uma Clínica Cirurgica do Aparelho Digestivo. Fiz vários exames. Conclusão, o meu intestino grosso, parecia um tapete de pólipos. Eu tinha (e tenho ainda) no estômago também.
Bom, comecei a fazer exames com frequência, sempre tiravam alguns para biópsia, tanto do intestino, reto, como do estômago também.
E aí fui levando...casei, passei mal na lua de mel, me deu intoxicação alimentar. Tive que vir embora, fui direto para o Hospital, não aguentava de dor, alguns pólipos estavam inflamados, tinha muito sangramento. Fiquei internada uns 3 dias.
Ai foi passando o tempo. Sempre fazendo colonoscopia e endoscopia, fora outros exames.
Esses pólipos, começaram a virar adenomas com atipia moderada à severa.
Até que não teve mais jeito, tinha que fazer cirurgia, pois não tinha como esperar mais.
1ª Cirurgia: internei dia 13/05/97 - operei dia 14/05/97. Fiz uma Proctocolectomia total+bolsa ileal+anastomose íleo anal. Tempo cirurgico mais ou menos 8hrs. Fui para UTI, fiquei 3 dias. Depois fui para semi-intensiva.
Foi passando os dias, e eu comecei a passar muito mal, vomitava com frequência, era secreção biliosa. Conclusão, depois de 9 dias de operada, com muita dor, fui levada às pressas para o Centro Cirúrgico.
2ª Cirurgia: depois de 10 dias da 1ª, fui submetida a Laparotomia Exploradora+drenagem da cavidade+fechamento de fístula+ileostomia. Tempo cirurgico mais ou menos 5hrs. Fui para UTI, depois para semi-intensiva, até ir para casa da minha mãe e Aníbal, após 25 dias de Hospital.
No começo da ileostomia, foi horrível, não sabia a lidar com a bolsa, a minha pele ficou em carne-viva. Meu marido, minha mãe e o Aníbal, sempre comigo, não dormiam também. A bolsa não grudava na minha pele. Pois estava muito machucada.
Com o tempo fui acostumando, comecei a usar a bolsa certa.
3ª Cirurgia: internei dia 21/10/97 - operei dia 22/10/97. Fiz Fechamento da ileostomia. 9 dias de internação.
Olha amigas, não foi fácil, eu ia mais ou menos, umas 35 vezes no banheiro. Tudo que eu comia, ia embora, não dava tempo de chegar ao banheiro, fazia pelo caminho, meu marido ia limpando...
Cheguei a pesar 30kg, meu marido colocava um banquinho no banheiro para eu tomar banho, com medo de eu cair...
Eu não dormia, enquanto não esvaziava tudo.
Para se ter uma idéia, eu tomava 8 imosec por dia!, fora outros remédios para prender.
E assim foi...
Nesses anos que foi passando sem a ileostomia, eu fazia controle de 5cm de reto mais ou menos que tinha ficado, e fazia endoscopia também.
Eu cheguei várias vezes a ter que internar para tomar sangue, e hidratar, pois eu não comia nada praticamente.
Olha vocês podem não acreditar, mais o que me prendia era miojo, hoje eu não posso nm sentir o cheiro.Ha... ia esquecendo, eu comprava tantos que ganhei até um sorteio, kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk, hoje eu dou risada!
Bom foram 7 anos sem a bolsa. Eu já queria operar para colocar a bolsa de novo, aí juntou que começou a nascer adenomas com atipia severa, praticamente já estava virando carcinoma. Pronto lá vou eu para outro procedimento.
4ª Cirurgia: internei dia 12/09/2004 - operei dia 13/09/2004. fiz Amputação abdomino perineal+ileostomia definitiva. A cirurgia começou às 15:45hrs, acabou às 22:15hrs. Foram 21 dias de internação.
Dessa vez, me acostumei rápido, deu tudo certo.
5ª Cirurgia: internei dia 27/09/2006 - operei no mesmo dia. Mas dessa vez para retirada da vesicula. Fiz uma Colecistectomia com Colangio Convencional. Começou ás 15:15hrs até ás 18:00hrs. 3 dias de internação.
E é isso amigas e amigos, hoje continuo fazendo controle com endoscopia, pois eu tenho meus pólipos no estômago também.
Há pouco tempo, eu retirei uma lesão na 2ª porção do duodeno, já era pré-maligna. Mas graças a DEUS correu tudo bem.
Logo, logo vou fazer outra endoscopia para ver se não têm sinal de outra lesão, e assim vamos indo.
Depois desse breve relato, agradeço por tudo, primeiramente a DEUS NOSSO PAI MAIOR!
Eu agradeço também a todas as pessoas que estiveram ao meu lado. Não citarei nomes, para não pecar e esquecer de alguém.
Entretanto há algumas que eu gostaria de mencionar, pois fizeram e fazem ainda muito por mim.
Aníbal Giampietro Ribeiro(uma pessoa muito especial e querida), Vera Lúcia Pinto(minha querida mamãe, quanta saudades! Hoje está em outro plano). Eles estavam todos os dias no Hospital, em todas as cirurgias, em todas as internações. Nunca, jamais vou esquecer. Sempre me emociono, ao lembrar.
Ao meu querido marido Amauri, que sempre esteve ao meu lado, e está até hoje.
A minha irmã Claudia e meu cunhado Antonio Carlos.
Ao meu irmão, apesar que não estava presente, mas eu sei da fé que ele têm. QUE DEUS ABENÇOE.
A Silvana Maria Comegno(enfermeira ostomaterapeuta), me ajudou muito também.
Á minha querida médica e amiga Dra.Sandra Frugis, que a muitos anos me acompanha. Uma pessoa MARAVILHOSA, HUMANA E DEDICADA para com seus pacientes.
Dra.Sandra Frugis a senhora é muito especial para mim, eu a considero como se fosse da minha FAMÍLIA!
QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Depoimento de Mayra Oliveira

Acompanhem o emocionante depoimento de Mayra Oliveira, uma mulher guerreira e vitoriosa, que desde cedo teve que aprender a conviver com a ostomia!
Meu nome é Mayra, tenho 22 anos, sou Baiana e moro no Rio Grande do Norte há 11 anos. Quando tinha 16 anos, eu comecei, de repente, a ter diarréias freqüentes, e os médicos diziam que era verme, porém nada de eu melhorar.
Com quase 6 meses desse jeito, eu perdi 15 quilos, e começou a sair sangue nas evacuações, então procurei um "gastro", fiz uma colonoscopia e tive o diagnóstico: RCUI (Reto Colite Ulcerativa Intestinal).
A partir daí comecei um tratamento com mesacol, e com poucos dias tive apendicite. Mudei de medicamento várias vezes, mas nenhum deu certo. Até que um dia o meu Médico disse que eu teria que fazer uma cirurgia chamada Ostomia, ele me explicou tudo e eu claro com muito medo só queria ir pra casa chorar.
Foram 5 anos com a RCUI, mas a 2 deveria ter feito a cirurgia, fiz 5 colonoscopias até hoje. Esse ano tive a coragem de enfrentar a tal cirurgia, depois de ter pesquisado muito. Foi em fevereiro no dia 21, acordei na UTI, mas foi só por precaução dos médicos, não tive complicações, e fui pra enfermaria onde minha mãe estava me esperando ansiosa e preocupada.
Após 15 dias comecei a sentir muita dor, fizeram os exames e constataram uma grande infecção, tentaram drenar sem sucesso, e fiquei 2 meses internada sentindo muita dor. Um sofrimento que parecia não ter fim, e a única forma era reabrir a cirurgia para "limpar". Mas quando eu acordei dessa segunda cirurgia, tive retenção de líquido porque eu estava desnutrida. Eu estava tão inchada que não entrava mais nas minhas roupas. Ok isso também passou.
Fiquei 6 meses ostomizada e no dia 30 de Agosto fiz a reversão. Ah! essa foi bem mais tranqüila, tive alta e ainda estou em fase de adaptação. Agradeço muito aos Médicos por ter salvado a minha vida, as enfermeiras por terem cuidado de mim durante a fase pós-operatória, e a minha mãe que foi a única que esteve ao meu lado nesse momento tão difícil. Obrigada...

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Uma lição de vida!

Nós gostaríamos de compartilhar com vocês um vídeo muito emocionante, que nos levou a refletir como a cabeça de cada ser humano pode fazer a diferença na vida de uma pessoa ostomizada, deficiente auditiva, deficiente visual...enfim de qualquer pessoa que apresente alguma deficiência física.

Este vídeo nos mostra que mesmo com a deficiência, essa mulher não perdeu o seu brilho e muito menos a vontade de viver! Continuou vivendo com otimismo, entusiasmo e alegria, acreditando sempre no amanhã, e em um dia melhor!

Enquanto isso, muitos de nós, fortes e saudáveis, vivemos reclamando da vida, fazendo de cada obstáculo um problema...

Então amigos...vamos nos espelhar nesta linda e forte mulher, e fazer valer a pena viver esta tão abençoada segunda chance que Deus nos deu!!! Vamos ser felizes!!!


sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Depoimento de Renata

Acompanhe a seguir um depoimento emocionante, de uma mulher linda, forte, guerreira, batalhadora, que é ostomizada desde os 3 anos de idade.



Olá pessoal, me chamo Renata, tenho 34 anos e sou Ileostomizada, vou dividir com vocês um pouquinho da minha história.
Meu nascimento foi normal, aos 03 meses de vida, comecei apresentar sinais em meu corpo, que na época foram tratados como uma virose tinha febres de 40°, diarréia constante, irritabilidade e perda de peso, essa situação durou até os 02 anos de idade, foi quando minha mãe brigou no hospital do município que resido até hoje (Porto Ferreira), devido a sua atitude me enviaram para Ribeirão Preto no hospital Santa Lydia, onde foram realizados os primeiros exames que constataram “doença de CROHN”, sendo transferida imediatamente para o Hospital das Clinicas Campus.
Minha mãe conta que durante esse período era loirinha por falta de vitaminas, se me colocasse em pé eu desmontava de tão fraca que era.
No dia 27 de novembro de 1980, já com 03 anos de idade, realizei a primeira cirurgia, onde foi feito uma Colectomia total devido a um Mega Colon Tóxico, passando a usar a bolsa coletora, dois meses depois, em 31 de janeiro de 1981, passei pela segunda vez na mesa de cirurgias, o motivo desta vez foi Lise de Bridas, onde o intestino parou e as fezes começaram a retornar pela boca, depois disso, fiz a terceira cirurgia para retirada de 20 cm do intestino delgado, provocada pela reincidiva do CROHN, somente em 1990 no dia 04 de agosto, fui submetida a ultima cirurgia na Proctologia, havendo a amputação do sigmóide e do ânus, tornando a Ileostomia definitiva, mantendo o acompanhamento até hoje no HC.
A fase da infância foi complicada, devido o preconceito que senti na pele de familiares e o abandono do meu pai, na escola não tinha muito amigos, não me deixavam brincar com medo de pegar alguma coisa (rss) e as professoras com medo de me machucar. Na adolescência, me sentia o patinho feio, não me amava, não aceitava minha condição de vida (Ileostomizada), usava roupas largas e grandes para meu tamanho, tudo para me esconder. Aos 18 anos comecei a namorar e tudo começou a se modificar, comecei a ver que não era tão ruim como sempre imaginei, afinal, havia encontrado alguém que gostava da minha pessoa; Nesta idade tudo é ilusão, a família do meu ex-namorado não aceitava nosso namoro devido eu ser Ileostomizada, após tanta pressão ele terminou o namoro, Graças a Deus.
Depois de um ano conheci meu príncipe encantado, meu marido André, namoramos e no mesmo dia que completamos 03 anos de namoro nos casamos, hoje estamos casados há quase 11 anos, seus parentes nunca fizeram objeções sobre nosso relacionamento e sempre me trarão com muito carinho.
 Adoro compartilhar minha história, sei que é mais uma história comum, mas é a minha história, lembrar cada parte dela me torna mais forte, dividir com as pessoas me deixa feliz, assim como ocorreu comigo, ocorre com outras pessoas também, o segredo de ser feliz, é você ter coragem de enfrentar o desconhecido, sacudir a poeira e ir a luta por seus objetivos, é nunca deixar-se abater por mais duro que seja o momento que esta vivendo, tudo tem um porque, tudo tem o seu motivo, a Ostomia é simplesmente uma nova porta que a vida nos oferece, uma nova história que o Senhor nos deixa escrever, dependendo somente de nossos esforços, nossa vontade, para escrever páginas de alegria, de felicidade, de lições bem aproveitadas, nada em nossa vida é por acaso, por tanto aproveite cada oportunidade que Deus lhe proporcionar.
Ostomia é vida, viva cada dia com sabedoria, procure ver os benefícios que a Ostomia nos oferece, não se deixe abater, o desanimo só vai piorar as coisas, se Deus lhe permitiu tal condição é por ser uma pessoa especial, não decepcione as pessoas que te vem como um exemplo de vida, como pessoa e como superação, você consegue, sabe por quê? Porque não esta sozinha (o), estamos caminhando ao seu lado!!!
Beijos a todos!

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Dia Nacional dos Ostomizados - 16 de novembro

Para você o que significa ser ostomizado?
Para muitas pessoas a ostomia representa medo, revolta, angústia, tristeza...porém, você já parou para pensar que ser ostomizado é maravilhoso?
Você já pensou que se você não fosse ostomizado, talvez hoje você não estaria vivo? Não teria a oportunidade de trabalhar, passear, sorrir, viajar, brincar, estudar...
Pense em quantas pessoas gostariam de ter uma segunda chance para viver e não tiveram? Pois é, você teve essa chance!!! Você sobreviveu e foi graças à ostomia!!! Então, agarre-se nela e aproveite a vida!!!
Sabemos que não é fácil aceitar a condição de ser ostomizado, mas pense pelo lado bom, você venceu, você é vitorioso e as pessoas ao seu redor estão orgulhosas de tê-lo (a) como amigo (a), pai, mãe, filho (a), neto (a), tio (a), sobrinho (a), primo (a)...
Dia 16 de novembro, é o dia nacional dos ostomizados, agradeça por estar vivo, agradeça à cirurgia da vida...e seja muito feliz, pois você merece!!!
Parabéns a todos os ostomizados pela sua vitória, fé, garra e perseverança!!!

Essa é a nossa homenagem a todos os ostomizados!!!


sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Ostomia x Gravidez

A maternidade é um grande sonho para a maioria das mulheres, porém uma mulher ostomizada tem muito medo, dúvidas e receio de engravidar...e por isso é importante procurar seu médico durante o período pré-concepcional, para saber quais são as suas chances e riscos, além de receber informações específicas para que sejam detectados precocemente sinais e sintomas de complicações.

Algumas mulheres ostomizadas podem engravidar normalmente, outras não. Isso depende muito da doença que ocasionou a cirurgia e quais órgãos foram afetados.

Além das mudanças comuns da gravidez, a grávida com ostomia apresenta também mudanças em relação à auto-imagem, ao stress dos cuidados diários com estoma, e também a preocupação, pois se deve ter em conta que o crescimento do feto provoca distensão abdominal e que isso pode afetar o estoma. Como isso depende da realidade física de cada um, só um profissional médico pode responder precisamente a essa pergunta.


O acompanhamento nutricional de toda mulher, independente de ser ostomizada ou não, durante a assistência pré-natal é extremamente importante para a saúde do bebê e da mãe, pois durante a gestação, há necessidade adicional de energia por causa do crescimento do feto, da placenta, dos tecidos maternos, bem como para o próprio consumo da gestante. 


A grávida com ostomia deve ter uma alimentação variada, rica em nutrientes essenciais, e com a quantidade de calorias adequada à fase de desenvolvimento fetal, assim como qualquer outra mulher.

A restrição de energia nesse período pode ocasionar conseqüências negativas ao bebê, pois o crescimento fetal ótimo somente ocorre quando a gestante é capaz de acumular reservas corporais extras. Mas, também não pode exceder em calorias, pois o aumento de peso da mãe, não oferece bom peso para o bebê e ainda, pode trazer riscos para os dois, como por exemplo, a eclâmpsia, que é o aumento de pressão arterial, que coloca em risco a vida dos dois. 

A deficiência nutricional da gestante pode acarretar repercussões tanto no organismo materno (anemias, hemorragias, ganho de peso inadequado, parto prematuro, entre outros), como no recém nascido (redução de peso e estatura ao nascer, tendência a anemia e infecções, alterações no desenvolvimento motor, alterações visuais e, posteriormente, menor rendimento escolar). Portanto, o monitoramento do estado nutricional da gestante é de suma importância.

A gestante ostomizada, provavelmente, precisará de suplemento de ácido fólico e de vitaminas devido à maior dificuldade de absorção dos nutrientes.

O ácido fólico ou folacina é uma vitamina que trabalha na formação de nossos genes, essenciais para a divisão celular e ainda na formação de células sanguíneas na medula óssea. Na gravidez, é especialmente importante na formação do tubo neural do feto, e sua deficiência pode resultar em má formação neural.

Está presente no fígado, feijões, vegetais verde-escuro (especialmente espinafre, aspargo e brócolis frescos), carnes magras e pão de trigo integral.

Vale ressaltar que os vegetais verde-escuro possuem grandes quantidades de ácido fólico, entretanto devem ser consumidos frescos e in natura, pois o armazenamento, a forma de preparo doméstico ou o processamento destes pode ocasionar grandes perdas deste nutriente.

Algumas dicas de alimentação na gravidez de uma mulher ostomizada:
• Beber líquidos constantemente, de 2 a 2,5 litros por dia. Isto ajuda a combater os inchaços muito comuns na gravidez e evita a desidratação; 
• Consumir pelo menos três frutas por dia, além de legumes e verduras no almoço e jantar. Esses alimentos são ricos em fibras, que previnem a prisão de ventre, muito comum na gestação. Não se esquecer de mastigar bem os alimentos! 
• Fracionar as refeições em cinco ou seis vezes ao dia, com pequenas quantidades, e mastigar devagar.
• Consumir alimentos com baixo teor de gordura e evitar ingerir líquidos durante as refeições, para facilitar a digestão e evitar azia.
• Evitar o consumo de adoçantes durante a gravidez, exceto quando prescrito por nutricionista ou médico.

O que fazer quando:

Apresentar náuseas:
-fracionamento adequado da dieta (5 a 6 refeições diárias);
-refeições constituídas por alimentos a base de carboidratos, como cereais cozidos, torradas, biscoitos simples, batata cozida, estes alimentos tem uma digestão fácil, fornecem energia e não sobrecarregam o estômago;
-a restrição de líquidos de 1 a 2 horas antes e após as refeições, ajuda a aliviar as náuseas e vômitos freqüentes neste período;
-Comer algum alimento a cada duas horas, sempre em pequenas porções – muitas horas em jejum é um dos fatores que aumentam o enjôo;
-Evite odores fortes, comida gordurosa e temperos fortes – estes alimentos têm uma digestão mais lenta podendo sobrecarregar o estômago e deixar a sensação de estômago cheio, desconfortável;
-A intolerância a leite e carnes é muito comum. Como estes alimentos são as principais fontes de proteínas, cálcio e ferro, é importante estar atenta e optar por outros alimentos fontes de proteínas: ovos, iogurte, queijos, leguminosas, peixes e frango;
-Não consuma álcool – além de prejudicar a formação do bebê, pode dificultar o trabalho do estômago;
-Não abuse do café – além de atrapalhar o sono se consumido em quantidades elevadas, pode promover mais enjôo;
-Adicionar limão na água ou em chás e beber durante o dia pode ajudar a diminuir os enjôos;
-Limonada sem açúcar e bebidas frias e ácidas ajudam a diminuir o enjôo;
-Evite deitar após as refeições.
Se ocorrerem mais de um episódio de vômitos ou tiver sinais de desidratação, tais como urina muito concentrada e boca seca, a grávida deve comunicar a equipe de saúde, pois uma pessoa ostomizada perde cerca de 500 a 750 ml de líquidos por dia, enquanto uma pessoa que não é ostomizada perde cerca de 100 a 200 ml de líquidos por dia.

Apresentar azia: ingerir os alimentos em pequenas porções e mastigar lentamente. O tratamento nutricional está ainda relacionado à prática de dieta fracionada e à diminuição de alimentos gordurosos, frituras, café, chá, pimenta e condimentos em geral. O fato de não se deitar após as refeições e elevar a cabeceira da cama também são positivas para evitar o problema.

Apresentar Constipação: incluir na dieta frutas frescas, cereais integrais e hortaliças cruas. O consumo adequado de água também é muito importante, e por isso sugere-se um consumo médio de dois litros a 2 e meio por dia. Lembrar-se de mastigar bem os alimentos!

Apresentar muitos gases: Geralmente os gases intestinais são causados pelo ar que é deglutido (engolido), bebidas gaseificadas e ação das bactérias sobre a comida indigesta!

A grávida com ostomia pode ter uma experiência de gravidez, parto e pós-parto normal.

 

Referências
1 Aukamp V, Sredl D. Collaborative care management for a pregnant woman with an ostomy. Complement Ther Nurs Midwifery. 2004 Feb; 10 (1): 5-12.

 

2 BARKER, D.J.P. Fetal origins of coronary heart disease. BMJ, v 311, n 171, 1995.

 

3 Dietary Reference Intake: Application in Dietary Assessment. Institute of Medicine (IOM) [online] 2001 [cited 20-9-2001].

 

4 Diniz LEV. Nutrição e gravidez. In: Zugaib BM, Sancrovski M. O pré-natal. Rio de Janeiro: Atheneu; 1994. p.71-6.

 

5 GOULART, R.M.M., BRICARELLO, L.P. Aspectos nutricionais na gravidez. Rev Bras Med, v 57, p 12-17, 2000.

 

6 Gutierrez Y, King JC. Nutrition during teenage pregnancy. Pediatr Ann 1993; 22(2):99-108.          

 

7 JEWEL, I.D., YOUNG, G. Interventions for nausea and vomiting in early pregnancy. Cochrane Database Syst Rev, v 1, p 145, 2002. 
KRAUSE. 
Alimentos, nutrição & dietoterapia.11 ed. São Paulo. Roca. 2005. 

 

8 Mikode MS, White AA. Dietary assessment of middle-income pregnant women during the first, second, and third trimesters. J Am Diet Assoc 1994; 94(2):196-99. 

9 NASCIMENTO, A., SOUZA, S. B. Avaliação da dieta de gestante com sobrepeso.Rev. Nutri, v 15, n2, p173-79, 2002.


10 Neuhouser MLS. Nutrition during pregnancy and lactation. In: Mahan LK, Escott-Stump S. Krause's food, nutrition, and diet therapy. Philadelphia: W.B. Saunders; 1996.

11 RAINVILLE, A. Pica practices of pregnant women are associated with lower maternal hemoglobin level at delivery. J Am Diet Assoc, v 98, p 293, 1998.

 

12 SILVA, L.S.V., THIAPÓ, A.P., SOUZA, G.G., SAUNDERS, C., RAMALHO, A. Micronutrientes na gestação e lactação. Rev Bras Saúde Matern Infant, v 7, n 3, p 237-44, 2007.


13 Sredl D, Aukamp V. Evidence-based nursing care management for the pregnant woman with an ostomy. J Wound Ostomy Continence Nurs. 2006 Jan-Feb; 33 (1):42-9.

 

14 Williams SR. Orientação nutricional na assistência pré-natal. In: Worthington-Roberts BS, Vemeerchi J, Williams SR. Nutrição na gravidez e lactação. Rio de Janeiro: Interamericana; 1986. p.105-35. 
p.181-201.          

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Depoimento de uma menina SUPER PODEROSA!


Acompanhem o lindo depoimento de Célia Castro que, enfrentou um câncer na bexiga, teve sua morte declarada em 1994, porém, sacudiu a poeira, deu a volta por cima, e renasceu em 2010!!!


COMO ESQUECER UMA DATA QUE MARCA PARA SEMPRE NOSSAS VIDAS?
O DIA NÃO É TÃO IMPORTANTE, QUASE NÃO ME LEMBRO, POIS FORAM TANTOS IGUAIS, QUE O MÊS SE TORNOU UM SÓ.
MÊS DE MAIO, INTERESSANTE QUE NORMALMENTE ESTE MÊS SE COMEMORAM DATAS ALEGRES, COMO DIA DAS MÃES, NOIVAS GOSTAM DE SE CASAR NESTE MÊS, AINDA NÃO ENTENDI PORQUE, MAS TUDO BEM. NUM DESTES DIAS DO MÊS DE MAIO, MINHA FAMÍLIA FOI CONVIDADA PARA UMA REUNIÃO FAMILIAR COM A EQUIPE DE UROLOGIA DO HC DE MARÍLIA
PARA MOSTRAR MEUS EXAMES, CLARO QUE NÃO ME CONVIDARAM,  ELES JÁ TINHAM ME APRESENTADO UM TAL DE ADENOCARCINOMA QUE PARA SIMPLIFICAR UM CÂNCER MALIGNO NA BEXIGA. ANO 1994, EU TINHA SÓ 35 ANOS, COM MEUS DOIS FILHOS PEQUENOS,
EU CHORAVA MUITO, NÃO PORQUE OS MÉDICOS DISSERAM QUE IRIAM ABRIR E DEPENDENDO DO QUE ENCONTRASSEM NADA IRIAM FAZER, MAS CHORAVA PORQUE EU NÃO IRIA VER MEUS FILHOS CRESCEREM, MEU DEUS O QUE SERIA DELES???
MINHA FAMÍLIA FICOU SEM CHÃO. ERGUI A CABEÇA, NÃO QUIS CONSOLO, EU CONSOLEI MEU MARIDO E MEUS PAIS, MAS POR DENTRO EU ESTAVA ACABADA. CIRURGIA MARCADA E REALIZADA, TIRARAM MINHA BEXIGA, IMPLANTARAM MEUS RINS NO MEU INTESTINO, DECLARARAM A MINHA MORTE. 25 DIAS APÓS VEIO A ALTA HOSPITALAR, BOA NOTICIA?, SIM O TUMOR TINHA SE ALOJADO SOMENTE NA BEXIGA, SEM PROBLEMAS MAIORES, ASSIM TODOS PENSARAM.
QUANDO EU DISSE QUE DECLARARAM MINHA MORTE, ISTO FOI FATO, POIS A PARTIR DESTE MÊS, NUNCA MAIS FUI A MESMA PESSOA, NADA  MAIS EU PODIA FAZER, NÃO SAIA DE CASA, NÃO ME DIVERTIA MAIS, COMO SAIR?, SE ANDASSE CEM METROS PRECISAVA URGENTE DE UM BANHEIRO, SIM PORQUE O INTESTINO RECEBIA TODA URINA SAÍDA DOS RINS, COMO ELE NÃO SERVE DE RESERVATÓRIO, TINHA PRATICAMENTE SAÍDA LIVRE, E PIOR URINA JUNTO COM FEZES. ESTA ERA MINHA MORTE. COM O PASSAR DO TEMPO, COMO ERA DE SE ESPERAR, VIERAM AS COMPLICAÇÕES, COMEÇOU DE NOVO UMA NOVA ETAPA, INFECÇÕES REPETITIVAS NOS RINS, POR ELE ESTAR LIGADO EM LUGAR CONTAMINADO POR MILHÕES DE BACTÉRIAS,  UMA SEMANA INTERNADA, TRÊS SEMANAS COM ANTIBIÓTICO EM CASA, NEM BEM TERMINAVA O TRATAMENTO EM CASA, LÁ ESTAVA EU INTERNADA NOVAMENTE, POR CONTA DESTAS INFECÇÕES, FUI PERDENDO A CAPACIDADE DOS RINS, A PONTO DE UM SÓ FUNCIONAR COM 65%. ATÉ QUE INSISTENTEMENTE, FIZ COM QUE O MÉDICO, ME COLOCASSE  O ESTOMA, COM MUITA DIFICULDADE, CONSEGUI CONVENCÊ-LO. CIRURGIA MARCADA, INTERNADA  E REALIZADA, AGORA JÁ COM COMPLICAÇÕES, MAS TERMINADA COM MUITO SOFRIMENTO, E COINCIDÊNCIA OU NÃO, MORTE EM MAIO DE 1994 - VIDA EM  MAIO DE 2010, PRA FINALIZAR RIM QUE HÁ 16 ANOS ESTAVA PARADO, VOLTOU A FUNCIONAR, ISTO OS MÉDICOS NUNCA PREVIRAM.  MAS EU CONHECO O DEUS QUE ME CUIDA!!! E HOJE INSISTO EM DIZER UMA FRASE QUE NEM SEI COMO SURGIU EM MINHA MENTE, MAS A USO COM FREQUÊNCIA: "SER OSTOMIZADA E NÃO TER VERGONHA DE SER FELIZ! " HOJE SAIO DE CASA,  VIAJO, AJUDEI A FUNDAR A ASSOCIAÇÃO DOS OSTOMIZADOS DE MARÍLIA E REGIÃO, ONDE  SOU VICE- PRESIDENTE, INTERAJO COM MUITAS PESSOAS OSTOMIZADAS OU NÃO, POIS ALÉM DESTA OCUPAÇÃO FAÇO UM TRABALHO VOLUNTÁRIO NUMA ESCOLA PÚBLICA, MEUS FILHOS CRESCERAM, CASARAM-SE E ME DERAM LINDOS NETOS, E PRA TERMINAR DIGO QUE SACUDI A POEIRA  E DEI VOLTA POR CIMA, E AQUI ESTOU ME ACHANDO MENINA SUPER PODEROSA!!!  

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Atividade física X Ostomia

A atividade física melhora a condição psicológica de quem tem algum tipo de deficiência e é uma forma de inclusão social. Inclusão é respeitar as diferenças individuais, considerar valores e expectativas de cada um independente da sua condição física.

O importante é se soltar, para trazer benefícios à saúde do corpo. Inclusão não é só deixar o deficiente praticar atividade física, mas sim preparar as pessoas para recebê-lo. Não é apenas avisar os funcionários de que agora existe um deficiente no local, mas sim saber que ele tem potencial.

A atividade física promove a reintegração social e auxilia na superação de barreira das pessoas ostomizadas, levando o indivíduo a descobrir que é possível, apesar das limitações físicas, ter uma vida normal e saudável.

O esporte gera muitas alterações comportamentais, morais, éticas e sócio afetivas, pois mostra que a ostomia não é sinônimo de incapacidade. Portanto, abraçar uma atividade física pode transformar o dia-a-dia de uma pessoa ostomizada, e ainda fazer bem para a saúde do corpo e da mente.

Os benefícios físicos da atividade são: Agilidade, equilíbrio, força muscular, coordenação motora, resistência física, melhora das condições organo-funcional (aparelhos circulatório, respiratório, digestório, reprodutor e excretor), velocidade, ritmo, possibilidade de acesso à prática do esporte como lazer, reabilitação e competição, promoção e encorajamento do movimento, desenvolvimento de habilidades motoras e funcionais para melhor realização das atividades de vida diária, entre outros.

E os benefícios psicológicos são: melhora da auto-estima, aumenta a integração social, redução da agressividade, estímulo à independência e autonomia, experiência com as possibilidades, potencialidades e limitações, vivência de situações de sucesso e de frustração, motivação para atividades futuras, desenvolvimento da capacidade de resolução de problemas, entre outros.

É imprescindível respeitar as limitações, adequando modalidades e objetivos pessoais. Além de ser necessário respeitar todas as normas de segurança, evitando acidentes e o mais importante, estimular sempre o desenvolvimento da potencialidade individual.

Não podemos nos esquecer de que depois da cirurgia, cada pessoa recupera-se de forma diferente, então o retorno à prática esportiva dependerá da cicatrização.

Procure fazer exercícios que você goste, porém antes converse com o seu médico e educador físico.

A ostomia não deve impedir uma pessoa de praticar atividades físicas, com exceção de esportes de contato extremamente pesado, como: lutas marciais, basquete, vôlei, futebol, etc, tendo-se em vista a possibilidade de traumas na região do estoma; e de levantamentos de grandes pesos, para prevenção de hérnia. As práticas esportivas que exijam esforço da região abdominal também devem ser avaliadas por um profissional da área da médica.

E no período pós-operatório a distensão abdominal deve ser evitada para que não ocorra a retração do estoma.

Durante a prática esportiva é recomendável a utilização de um cinto ou cinta para manter a bolsa mais segura.

A prática da natação e hidroginástica pode ser feita sem nenhuma restrição, pois a bolsa e a placa são impermeáveis à água. É importante lembrar-se de que antes de nadar deve-se esvaziar a bolsa. As mulheres devem usar um maio peça única e os homens uma camiseta para evitar olhares e comentários a respeito da bolsa de colo/íleostomia.

 Referências: